Ana Estrela

Entrevista
 
 Meu nome é Ana Estrela nasci em Salvador, na Bahia, onde me tornei bailarina e assistente de coreografia da Companhia Brasileira de Danças Populares. 

Utilizo minha arte na promoção de caminhos de socialização para crianças em situação de rua, crianças e adolescentes em situação de risco, pessoas com outras habilidades, pacientes psiquiátricos primeiro no Brasil e depois na Itália desde 1998.

 Sou terapeuta Shiatsu e especialista em comunicação não verbal. Em 2008 fundei a associação Origens em Bari na Itália, que promove a cultura brasileira através da arte, gastronomia e eventos culturais.

 

Ao longo dos anos, a associação Origens tornou-se multiétnica com a participação de pessoas da Ásia, África e América do Sul.

 Em 2013 tive a intuição de usar a cozinha como ponte entre as pessoas, além de um caminho profissional.


 Então fundei a Ethnic Cook, uma oficina onde refugiados e imigrantes, especialmente mulheres, podem aprender um trabalho e se conhecer, se acostumar uns com os outros, trocar ideias e habilidades, estar lá. 
Mas também um local de formação com o curso introdutório à restauração com certificado HACCP, estágio e colocação profissional graças à colaboração frutuosa com uma instituição de formação.

 O projeto ganhou uma chamada de financiamento da Região da Puglia, uma do Município de Bari, uma do ACNUR e da INTERSOS e duas doações de duas fundações privadas, uma das duas em parceria com a agência antitráfico. 

Além disso, o projeto é convidado pelo ACNUR e pela Universidade de Ciências Gastronômicas de Pollenzo pela forma como estimula e apoia a integração dos participantes para fazer parte da plataforma FOOD FOR INCLUSION. 

A Universidade de Bari, juntamente com a Fundação ISMU de Milão, elegeu o projeto como uma das três melhores práticas no Sul que aprimora as habilidades dos migrantes.
 

Pelo meu compromisso com a inclusão social através da alimentação, recebi uma menção especial do prémio mundial Basque Culinary 2021 e fui escolhido como um dos 20 rostos da secção de empoderamento alimentar 2021 pela coluna Cook, do Corriere della Sera.

 Em 2020 fundei o Bistrot Social Multiétnico no coração da cidade de Bari. No mesmo ano meu livro "Cozinheiro Étnico – Sabores e histórias do Mundo" foi impresso. 

Fui convidada como palestrante na palestra internacional TEDx na Universidade La Sapienza, em Roma.
  
Neste momento dirijo o Bistrot organizando eventos e cursos de formação dedicados às mulheres refugiadas, sou consultora de associações que querem desenvolver projetos semelhantes. 

Represento a Coordenação da Diáspora na Puglia, Itália e sou vice-presidente da Coordenação da Diáspora para a Cooperação Internacional, um organismo nacional de terceiro nível apoiado pela Direção-Geral de Cooperação para o Desenvolvimento do Ministério dos Negócios Estrangeiros (DGCS), a Agência Italiana para o Co-Desenvolvimento (AICS), a Organização Mundial para as Migrações (OIM) e a associação Le Resau.  

A comida é um ótimo veículo de comunicação e expressão diante do qual caem as barreiras e se abatem as diferenças.

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