Fabiana Magalhães

Entrevista
   

Sou Fabiana Magalhães, terapeuta holística especializada em Radiestesia Terapêutica. 

Nasci em Recife e moro na Escócia há 17 anos. Vim para cá em dezembro de 2006, para Glasgow, onde trabalhei como au pair e estudei Terapias Holísticas em um college. 

Nunca tive a intenção de viver na Europa, mas sim de voltar e abrir meu próprio estúdio de Terapias Holísticas em Recife. Minha adaptação na Escócia foi difícil, pois eu não conhecia ninguém, nem mesmo a família para quem eu iria trabalhar. Eu estava com o coração partido após o término do meu relacionamento de longa data. 

Eu aproveitei essa oportunidade de morar fora do Brasil não só para ampliar meus conhecimentos, mas também para me conhecer melhor. O inverno contribuiu para isso, pois era uma época de introspecção, em que escurecia cedo e fazia muito frio. Depois de concluir meu curso, comecei a atender como terapeuta holística na casa das pessoas.

 Foi uma experiência maravilhosa, pois eu fiz muitas amizades e ouvi muitas histórias sobre elas e sobre o país em que eu estava vivendo. Em 2008, conheci meu marido em um casamento de amigos em comum. Eu, que não imaginava que fosse sair do Brasil ou superar o fim do meu relacionamento, me vi criando laços com um país que me recebeu de braços abertos.
 

Casei com meu marido em 2009, no Brasil, e voltamos para construir nossa vida. Eu sou formada em Relações Públicas pela Universidade Católica de Pernambuco e trabalhei na área quando morava no Brasil. Mas aqui no Reino Unido, eu não consegui exercer a minha profissão.

 Aqui, quando eu cheguei depois do meu casamento, eu trabalhei na M&S como atendente e depois como supervisora na loja da Anne Fontaine (designer brasileira/francesa) em Edimburgo.

 Nosso primeiro filho nasceu em 2013 e nosso segundo em 2017. Em 2020, três dias antes do primeiro lockdown no Reino Unido, nosso filho mais velho foi diagnosticado com autismo e durante o lockdown, com a mudança de rotina, tudo ficou muito difícil, pois não havia apoio de ninguém. 

O período antes do diagnóstico foi muito estressante, pois eu estava trabalhando em uma agência que gerenciava AirBnB, o que exigia muito tempo e dedicação. E os desafios com o meu filho estavam ficando insustentáveis.

2022 foi um ano muito difícil para mim, pois eu sofria de ansiedade e ataques de pânico frequentes, o que resultou em burnout (exaustão) por causa do trabalho. Comecei um tratamento alopático (antidepressivo), mas no fundo eu sabia que aquilo não era o que eu queria para a minha vida. Em dezembro de 2022, mais um dezembro de escolhas e recomeços, decidi sair do meu trabalho e me voltar para dentro, para me reencontrar como pessoa e dar o meu melhor para mim, para a minha família e para o mundo. 

Eu me dediquei novamente às terapias holísticas e fiz minha especialização em Radiestesia Terapêutica, que é uma terapia energética baseada na física quântica, uma área da ciência que estuda a interação entre a energia e a matéria em uma escala menor.

A Radiestesia Terapêutica é uma técnica exclusiva, que utiliza o pêndulo para detectar a causa raiz e harmonizar as energias e frequências vibracionais de pessoas, objetos ou ambientes. Nós estamos constantemente emitindo e recebendo energia frequencial onde quer que vamos.

 Ela pode ajudar a resolver problemas como depressão, ansiedade, procrastinação, desequilíbrio emocional, prosperidade, relacionamentos e até materialização de objetivos. As possibilidades são infinitas. (Ela é uma terapia complementar e não substitui a medicina tradicional).



Por meio das terapias holísticas, eu me reconectei com a minha essência e descobri a minha vocação de vida: auxiliar as pessoas. Com a Radiestesia Terapêutica, eu me harmonizei, me enraizei melhor comigo mesma e com o mundo à minha volta e transformei a minha realidade.

 Ser imigrante é um desafio, cada um tem a sua trajetória, as suas dificuldades. 
O que nos une? O fato de termos deixado para trás algo importante, como a nossa família, os nossos amigos, o nosso trabalho etc. 

Viver em outro país não é simples, arrancar as raízes não é fácil. Até as plantas sofrem quando são transplantadas; elas murcham, padecem. Imagine nós? Cuidar da nossa energia também é uma forma de autocuidado, é uma oportunidade de crescimento e transformação.

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