Leda Maria Ornellas
Entrevista

Residente na Cidade de Valência/Espanha desde 2012,sou uma transmigrante que acredita na legitimidade dos corpos negros dançantes, por ter a capacidade através da sua dança ,seus gestuais transmitir o saber e historicidade dos seus ancestrais ,os mesmo que no passado foram oprimidos ,impossibilitados em realizar suas contribuições na arte em especial dança afro-brasileira na diáspora africana.
"Neste presente contemporâneo peço que você Dance sua dança ,e nos proporcione verte bailar e estimular com suas apresentações as próximas gerações ,desistir jamais."

Leda Maria Ornelas entrou na Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 1982, onde participou do “Grupo Experimental de Dança” e do “Núcleo de Pesquisa Arfo – Brasileira”, tornou-se funcionária da instituição, assistente de direção e produção, até 2020.
Atuou como coreógrafa dos grupos: “Odundê”, “Dança contemporânea da UFBA” (GDC), “Cia de Dança Winter Gard” em Alemanha e “Bando” do Teatro Olodum, por 9 anos. É membro do coletivo “Dançando Nossas Matrizes” há três anos. Foi professora de danças brasileiras e alongamento na Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB) por 20 anos.
Também foi parte do “Bale Folclórico da Bahia”. Como arte educadora participou de diferentes projetos sociais com o núcleo “Encontro com o Corpo” por 7 anos. Em 2011 e 2012 foi coordenadora de produção do Festival de Artes Negras da cidade de Rio de Janeiro. Por 11 anos foi cantora da banda “Novas Raízes” e percussionista da Banda Mirim Olodum. Iniciou sua atividade como dançarina e professora em 1979, participou em diferentes grupos em Bahia, Brasil, “Salto”, “Elas”, “Chama”, “Prisma”, “Grupo Sesc”, entre outros. Dita aulas teóricas e práticas de dança Afro – Brasileira.
Atuou como coordenadora do Núcleo do Estudo da Dança Afro Odundé na Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Participou de “Florais” do “Grupo Genêsis” e “Corpos em Segredo” pela Escola de Dança da FUNCEB.

Recebeu prêmios de distintas instituições como “Itaú Cultural” pelo solo “Mulher de Roxo”, o prêmio revelação no “Festival Secundarista” do Teatro Castro Alves, e uma bolsa de estudos no SESC pelo “Festival de Artes do Severino Vieira”.
Entre 2013 e 2015, em Buenos Aires – Argentina, dito aulas e seminários de Danças Afro – Brasileiras e Processo Criativo, organizados pelo Ilê Cultural. É uma das Mestras homenageada do miniDOCDANÇA TRIDENTE MOVENTE: MEMÓRIAS DAS DANÇAS AFROBAIANA (2021, 16”.
Viabilizado pelo Projeto Saberes e Fazeres de Mestres e Mestras Dança AfroBaiana, realizado pela @tabepheproducoes em 2021 contemplada com o Prêmio Jorge Portugal do Programa Aldir Blanc Bahia 2021.